19 de ago. de 2008

Verdadeira! Falsa!

Oi, gente!

Mais uma aventura de Sibile!

Boa leitura!

Fernanda

Verdadeira!Falsa!

Chovia! Chovia! Chovia!
Sibile, a cobra mais legal do mundo, estava cansada de tanta chuva...! Todos os animais sabiam o quanto a chuva era importante, para a manutenção da vida. Então, o jeito mesmo era achar coisas bacanas para fazer.
Ela aproveitou, que quase não tinha movimento na estrada, para andar um pouquinho pela vizinhança. Resolveu visitar Pinhão, o cavalinho crioulo que, no dia anterior, tinha sido preso, perto de sua casa.
Deslizou até a baia; a casa de Pinhão ficava dentro de um galpão enorme...! Sibile espiou, bastante, antes de entrar, já que aquele lugar parecia assustador...! Subiu, pelo cantinho da parede, para observar bem. O menino, que havia prendido Pinhão, estava sentado, perto da janela, olhando para a rua e parecia entediado... De longe, veio um grito que chamou sua atenção
- Oto! – Uma mulher entrou, trazendo um prato coberto, com um paninho - Vem lanchar... Fiz bolinhos...
- Já vou mãe! – Ele respondeu, levantando-se. –Hum, bolinhos!
Sibile estava pendurada na janela. A mãe do menino virou e deu de cara com ela.
- Oto! Olha uma cobra... Socorro!!!- A mulher saiu correndo e gritando. Não se mexa! Vou pegar o facão e já volto. Não chega perto; é uma coral e verdadeira... Verdadeira.
Sibile ficou congelada de medo. Sabia que vinha chumbo grosso pro seu lado.. Pinhão entrou em pânico, dentro da baia, e o galpão virou a maior confusão!
Oto não tinha medo e foi olhar de perto
-Oh!oh! – Sibile viu que estava encrencada. Usou a velha tática de fingir que estava morta. Ficou parada, sem respirar. Oto era esperto e, logo, notou que ela estava viva.
- Ok, cobrinha! Você tem poucas chances!. – Disse, olhando bem em seus olhos – Aproveite e vá embora...Não quero que ela mate você...
Sibile viu, no olhar do menino, que podia confiar nele, abandonou a velha tática e relaxou. Oto pegou um graveto e jogou-a bem longe. Sibile aproveitou, para voltar, voando, para casa. Só que, no meio da confusão, acabou mudando de pele!
Quando a mãe de Oto voltou, armada de facão, vassoura, botas e luvas; ela só encontrou o couro abandonado de Sibile.
- Calma mãe! – É só um pedaço do couro de uma cobra...
Ela respirou aliviada. Sentou no banco e ficou resmungando
- Mas parecia que tava viva! Imagina! Uma coral verdadeira. Isso é um perigo.
- Não sei! Pelo que eu estudei, acho que era uma cobra falsa – Disse o menino tentando acalmar a mãe.
Oto sabia que sua mãe tinha um pouco de razão. Mas também sabia que as cobras só atacam, quando se sentem ameaçadas. Resolveu recolher o couro, para descobrir se Sibile era mesmo uma coral verdadeira ou se era falsa.
- Acho que era falsa! Concluiu.
- Que nada ! – Retrucou sua mãe, enquanto comia um bolinho atrás do outro. – Era verdadeira.
Sibile decidiu que chegava de tentativas de aproximação com Pinhão! Para sua sorte, o lagarto Adroaldo estava escondido da chuva e não viu nada.
Agora, puxa, ficar dizendo que eu sou falsa...! Não gostei, não! – Pensou emburrada. Ora falsa... Eu sou cobra, sim. Só não tenho veneno. Mas paciência tem limite...!Falsa!!! – Resmungou, chateada, olhando para chuva que não parava de cair.

Viamão, 18 de agosto de 2008.

Autoria: Fernanda Blaya Figueiró
Revisado por Angelita Soares

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