14 de jan. de 2009

A espiga de milho

Olá!

Nesta nova fase do blog estou desenvolvendo pequenas histórias,tendo como personagens animais e plantas.

Espero que vocês gostem!

Fernanda
A espiga de milho

O burrico Alarico era um sujeito muito quieto, vivia comendo e descansando na sombra. Ou seja, levava uma vida mansa!
Um dia! Estava sentado, tranquilamente, comendo uma espiga de milho... Quando o pato Pacato, muito malandro, chegou perto dele e disse: que o coelho Valente estava de olho na sua espiga. Alarico odiava fofoca! Então, resolveu ir falar com o coelho. Só que deixou a sua espiga sob os cuidados do pato.
O pato Pacato, sem nenhum constrangimento, comeu todinho o milho. Ficando com a barriga inchada. Depois, soltando um suspiro, sentou para descansar. Só que ficou imaginando o que diria ao burrico Alarico.
-O que eu faço? – perguntava para si mesmo. O Alarico vai voltar e vai querer a sua espiga. E agora? O que eu faço?
Pacato já estava quase chorando de arrependimento... Quando ouviu um terrível estrondo...
- Que barulho medonho! – disse assustado – Será que é algum... fantasma?
Ficou bem quietinho, com o sabugo na mão e tremendo de medo...
- Pacato! – ouviu alguém chamar - Pacato!
O pato não queria nem se virar, de tanta aflição... Quando viu o barulho tinha vindo de uma caixa, que o burrico Alarico puxava, com a ajuda do coelho Valente.
Alarico ficou assustado com a cara de Pacato: ele estava inchado, branco e tremendo.
- O que aconteceu? – Perguntou.
Pacato precisava pensar ligeiro...
- Foi um... uma nuvem
- Nuvem?
- Isso! Uma nuvem de gafanhotos... Passou por aqui, e... E comeu todo o milho da espiga... Pode perguntar para quem quiser. Foi uma nuvem. É.
Pacato respirou aliviado, parou de tremer e escondeu a barriga. Valente e Alarico não duvidaram de nada, já que ele parecia tão calmo.
- Mas! Disse o burrico.- Você disse que o coelho Valente estava de olho no meu milho, não foi isso?
Pacato precisava sair de mais essa.
- Isso! Ele estava “cuidando” do seu milho... Cuidando...
- Ah! - Valente e Alarico não desconfiaram de nada. Pacato respirou aliviado novamente, já que sua história tinha “colado”.
Valente então abriu a caixa que estava cheia de espigas novinhas de milho.
- Nem te conto... – disse para Pacato – Foi uma sorte o Alarico não ter comido aquela espiga...
Pacato arregalou os olhos, o aroma das espigas era delicioso.
- Pois, como eu ia dizendo, - continuou Valente – aquele milho estava mofado... Podia ter dado uma dor de barriga nele, como deu na vaca Malhada. Coitada, anda de um lado para o outro...
Alarico, muito gentil, ofereceu milho para o pato, que não pode aceitar e saiu de fininho... Com uma dor de barriga danada.
O burrico Alarico e o coelho Valente sentaram e comeram calmamente. A vaquinha Malhada emagreceu e virou miss. Os gafanhotos nunca apareceram.
E o Pato Pacato nunca mais fez fofoca, nem futrica.

Viamão, 14 de janeiro de 2009
Autoria: Fernanda Blaya Figueiró

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