11 de mai. de 2011

Primeira atividade de preparação do forinho


PátioNews – O informativo da Natureza

A sala de aula na minha vida!

Bom dia, queridos amigos!! Aqui quem fala é Milu Baia Fogoró editor chefe deste jornal. Ontem a Turma de Linna Franco participando de uma atividade muito interessante abordando a seguinte frase “A Sala de aula na minha vida”. Então, para colaborar com as próximas atividades, vou dar meu depoimento pessoal.

Milu – por ele mesmo:

Bem, eu nasci num praça do centro de Viamão, mais conhecida como praça da borracheira, onde fica a prefeitura da cidade. Minha mãe era uma moradora do centro e meu pai um andarilho que , numa semana farroupilha , foi preso por atacar as patas dos cavalos do pessoal que havia montado uma tenda no calçadão Tapir Rocha para demonstrar a antiga tradição de ferrar e selar os cavalos( colocar ferradura e sela de montaria). Muito legal por sinal, mas gerou um conflito entre os cavalos da gauchada e os cães moradores de rua de Viamão. Há duas versões sobre o paradeiro do meu pai, uma que ele foi adotado e levado para uma chácara a outra que ele teria lutado bravamente e caído em combate, sendo um orgulho para a cachorrada. Lendas nascem assim mesmo! Minha mãe morava ao lado da antiga carrocinha de churrasquinho da esquina do Fórum de Viamão, com a desativação da mesma ela “picou mula” como se diz por aqui. Então nem preciso dizer que a minha “sala de aula” foi a rua. Bem, tinha eu menos de um mês, uma alergia horrível a pulga e uma baita fome. Um dia, no finzinho da tarde, comecei a seguir um vendedor de pastel, gente boa! Mas nada de me dar um pedacinho só! Então apareceu o meu atual dono, usei nele duas estratégias: Bafo de filhotinho e olhar de pidão! Foi tiro e queda, este antigo ensinamento da natureza, que todo o filhotinho tem, funciona que é uma beleza. Fui trocado por um pastel, numa negociação bem feita. Assim conquistei minha família de humanos. Chegando no pátio fui surpreendido pela existência de uma matilha. Beleza, pensei! Mas, olha que conseguir fazer parte de uma matilha é um longo processo de aprendizagem. Este informativo da natureza fui aprendendo a fazer por brincadeira. Tenho um probleminha ético, que aconteceu uma única vez. Havia uma “ratazana do mal” que roubava ração. Depois de um longo processo jurídico ficou decidido que, pelo bem da coletividade, ela teria que ser pega. E nada do evento acontecer, quem ia dar ração quase morria de susto. Ela era tão esperta que ficava no telhado provocando. Um dia eu mesmo fiz o serviço e peguei a bichana. O impasse que se formou foi: Vale tudo por uma boa manchete? Fui denunciado, julgado e punido, ficando sem escrever o Pátionews por um longo período e aprendi a lição. Repórter informa, mas não produz a notícia. Essa é a escola da vida. Na natureza as coisas são passadas de geração em geração por um instinto de sobrevivência. Os animais mais complexos, nesta questão de como se aprende e o que se deve aprender, são os seres humanos. O grande desafio deles é saber: para que serve mesmo a escola? Porque um professor se torna professor? Há uma relação direta entre o que a escola ensina e o que é preciso saber para ter um bom emprego, uma vida feliz e uma família legal?
A melhor parte de escrever artisticamente é que o artista pergunta, mas não precisa responder. Quem responde são os especialistas em responder. Então espero que este meu, emocionante depoimento, sirva para ajudar a que esta questão seja discutida e respondida por quem achar que deve responder. Quem não quiser pensar sobre isso, não precisa pensar.

Então esta crônica da natureza esta aberta a críticas, sugestões ou ao esquecimento .

Importante adendo: Meu nome foi escolhido em homenagem ao famoso Repórter Investigativo Milu, companheiro de Tintim.
Milu
Fernanda Blaya Figueiró
Viamão, 11 de maio de 2011

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