6 de jun. de 2008

Trânsito

Oi Gente!

Esté é um texto da Angelita, no qual eu sou co-autora.
Um beijo e
Boa Leitura!!!



Trânsito

Autoria: Angelita Soares
Co-autoria: Fernanda Blaya Figueiró

Bibi voejava, tranqüilamente,á noite, quando ouviu um som estrondeante.Assustada, voou, em direção, aquele estranho som.
No meio da rua, um carro atravessado em uma árvore; ferragens retorcidas, feito um quadro surrealista... Macabro.
Bibi observa, aturdida, os bombeiros tentando tirar alguém daquele estranho veículo, enquanto ouviu um gemido soluçante.
Mais tarde, ela ouviu as conversas:
Que pena!!!Era uma moça tão jovem!Só 21 anos.
Pois é!!!Parece que ela andava cansada, tomando remédios para conseguir trabalhar.
Um parente disse que ela estava indo viajar pra casa dos avós, no campo. Disse que ela sempre tinha gostado do campo, da natureza. Mas com os estudos e o trabalho, não tinha mais tempo...
Bibi entendia...A moça tinha estado desconectada da Energia vital.
Também ouvi isso... Ela estava sobrecarregada; os pais estavam cobrando muito que ela estudasse, pois a faculdade era particular.
Por isso, ela tinha começado a trabalhar. Mas parece que, freqüentemente, pediam que fizesse horas extras, e com medo de perder o emprego, ela ficava trabalhando até mais tarde...
Que pena, mesmo!!!Uma vida inteira pela frente!!!
Bibi não entendia!!!Se ela era jovem, e tinha tanto tempo pela frente, porque tinha corrido tanto??? E trabalhado tanto??? Porque tinha teimado em desconectar-se da Energia vital?As borboletas tinham um curto tempo de vida, mas aproveitavam ao máximo, vivendo!!!

Anderson caminhava pelo parque. Bibi estava assombrada com a imagem de destruição. Questionando valores e o meio de vida da sociedade atual.
Para ele, era só mais um capítulo triste das ruas. A jovem motorista aparentava calma. Seu sofrimento estava aliviado; de longe, Anderson viu um níveo raio de luz observando o corpo inerte. O desespero de amigos, familiares e da própria cidade, era comovente.
Aos poucos, sua energia retornava ao universo... Seu sorriso, estampado em fotografias lembraria aos seus a importância da vida: “ É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Por que se você parar para pensar na verdade, não há” como já tinha cantado o saudoso Renato Russo.
Anderson se aproximou de Bibi, que refeita, abandonou aquele triste lugar, voltando a voar, leve e feliz.
Por um longo tempo, aquela energia estagnada ficaria impregnada naquele canto do parque. Apenas, com muita oração e renovação, as coisas fluiriam bem, novamente... A árvore estava triste. Seu tronco profundamente marcado e suas raízes abaladas.
Depois que todo o movimento passou, Anderson acendeu um pequeno toco de vela, sentou ao pé da árvore e esperou que o sol nascesse. Carros apressados transitavam, novamente, pelas ruas, ônibus repletos de pessoas em busca de sonhos, transeuntes sonolentos e sinais para parar e seguir.
A energia da moça transitava, verticalmente, livre, sobre a cidade; já não pertencia mais aquele lugar...
Sorrindo, silenciosamente, Anderson despediu-se:
_Fique em paz!!! Sua missão aqui está terminada...Mas a minha, ainda não

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