5 de set. de 2008

Animais peçonhentos??

Animais peçonhentos??



A cobrinha Sibile estava encrencada, mesmo! Sem querer, tinha ido parar no Parque de Exposições de Esteio, onde acontecia a famosa feira, Expointer. Assim que desceu do caminhão, onde estava Pinhão, o cavalo crioulo que morava próximo a sua casa, já se meteu em uma enorme confusão.

Sibile desceu, perto das patas de um outro cavalo, que empinou o corpo, assim que a viu e saiu em disparada, correndo pelo parque. Enquanto isso vários peões, armados de facas, esporas e canivetes, correram para capturá-la. Por sorte, encontrou uma fenda em uma das paredes e foi parar, dentro de um galpão...!!

Catarina, uma jovem que estava toda vestida de branco, fazia a inspeção sanitária dos galpões. Ela viu Sibile e os peões chegando, alvoroçados. Sibile entrou, disfarçadamente, em uma maletinha, cheia de frascos. A garota fingiu que não viu e acabou salvando sua pele... !

Só que aquele não era um lugar seguro, para uma cobra, então, Catarina levou nossa amiguinha, para o local, onde estavam os animais peçonhentos. Sibile, inicialmente, ficou super chateada, afinal quantas vezes teria que dizer que não tinha veneno?!

Acabou passando a exposição inteira, dentro de uma caixa, pode??? Tudo bem! A comida era boa, tinha bastante água e muita música. As pessoas passavam e olhavam admiradas para ela. Só não gostou da plaqueta de identificação: Falsa Coral. E dali,para onde seria levada???

Precisava achar um jeito de voltar, junto com Pinhão e Oto. Para sua sorte, os dois foram muito bem, na prova do Freio de Ouro e ficariam, no parque, até o último dia: 07 de setembro.

Independência ou Morte! A cobrinha precisava achar uma forma de sair da caixa e voltar para o caminhão. A celebre frase de Dom Pedro I serviria de inspiração, para sua vontade de voltar a ser livre.

Uma noite percebeu que Oto passava, na volta daquele corredor. Espichava os olhos, abria um sorriso meio envergonhado e parecia nas nuvens quando Catarina se aproximava.

Sibile sentiu que precisava chamar sua atenção! Será que ele a reconheceria?

Pensou muito e resolveu fingir-se de doente. Começou a pular e se retorcer, fingindo que tinha dor de barriga. Catarina caiu direitinho na sua conversa. Mas, chamou foi um veterinário, para examiná-la. E agora?

Oto estava perto, quando abriram à tampa da caixa e a recolheram. Percebeu de cara que era Sibile, e perguntou:

- Essa coral é falsa??

- Sim! –Respondeu, amavelmente, Catarina. Nós a achamos no galpão dos cavalos crioulos; estava fazendo a maior bagunça.

Oto aproveitou a oportunidade, para se aproximar da garota. E Sibile? Estava em apuros. O veterinário estava pronto para sedá-la, com uma agulha enorme, cheia de um líquido viscoso.

Oto imaginou que ela fazia fita e perguntou, inocentemente.

- Ela não parece melhor??

Sibile demonstrou calma e tranqüilidade... Ficando livre da injeção! Só que voltando para a caixa. Porém, a tampa ficou, levemente, solta...

Que alívio!!!

Sibile esperou todo mundo dormir e fugiu... Entrou no caminhão, em que Oto dormia e, de lá, só sairia, quando voltasse, para o sossego de sua casa, na árvore oca.

Definitivamente, a vida de “estrela”não era para ela!!







Viamão, 04 de setembro de 2008.

Autoria Fernanda Blaya Figueiró

Revisado por Angelia Soares

Nenhum comentário: